sexta-feira, novembro 10, 2006

Carrossel

Hoje resolvi resgatar do fundo da minha gaveta algumas fotos da gravação da minha primeira "demo" em 1997... onde tudo realmente começou... fiquei olhando as fotos e tentando me lembrar das coisas que, naquela época, me "moviam"... mas não consegui me lembrar de quase nada... e isso sempre acontece comigo...
As vezes me pergunto se durante a vida somos apenas uma pessoa... do inicio ao fim...
Quando penso em mim mesmo ha dez anos atrás tudo me parece tão turvo e distante que sinto do fundo do coração que aquele não era eu... que não fui eu quem viveu as coisas que eu acho que eu vivi... é estranho e até triste porque como sinto que aquele não era eu acabo sentindo saudade de mim mesmo...
Como sentir falta de alguém q já morreu...
Queria que a vida fosse como um carrossel que sempre acaba onde começou e que houvesse tempo para dar mais uma volta... para poder sentir novamente as coisas que sei que não vou sentir nunca mais...
Sinto falta de achar que sei a resposta para tudo... Sinto falta de no fundo não saber a resposta de nada...
Sinto falta de sentir exageradamente e ingenuamente as coisas mais insignificantes e passageiras...
Sinto falta de sentir meu coração queimando apenas por imaginar o dia em que eu encontraria o "amor eterno" que eu sabia que estava guardado em algum lugar só para mim...
Hoje eu sei mais do que deveria... Sinto menos do que gostaria... e meu coração ficou congelado de tanto amor...
E vai ser assim para sempre... até que a morte não separe...

4 comentários:

Eduardo Zidu de Oliveira disse...

vcs cantao muito
parabems
eu moro na europa
e semple vou para o brasil
quando ai estiver
gostaria de os conhecer pessoal mente

abraços

Letícia R. disse...

Como todos os outros textos: este é mais um "perfeito". Parabéns.

Venon disse...

cara...vc eh lindo!!!
'

Nina disse...

Nossa, nunca havia encontrado alguém que visse a vida como eu.Que percebesse o quão impossível é "viver cada momento como se fosse o último"
E eu acredito que vivemos várias vidas em uma só...E que o passado é como um filme embolorado que as vezes resolvemos voltar a assistir achando que assim preencheremos o buraco no nosso coração...